domingo, 15 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

    "Caro leitor, quando escrevemos, estamos produzindo 
para nós. É por isso que dificilmente encontraremos na parte 
introdutória de um livro uma dedicatória voltada para você, 
tampouco ao linguista, menos ainda ao crítico literário.
    Porém a obra que era nossa, ao ser publicitada, passa 
a ser de todos, que irão degustá-la de um modo operante 
que melhor lhe convier e satisfazer. Daí, uma obra destinada 
à fogueira, esquecida, estrangulada, merecida.
    Este livro que ora passa pelas suas mãos não foge 
a este princípio: é uma obra que o autor fez para ele, 
mas, transformada pelo desejo de aparecer, está sendo 
publicizada a partir de sua adesão e financiamento do 
Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia 
(PMIC/Udia), pelo edital PMIC de 2012. 
    Antes de situarmos a referência deste livro, tomemos 
alguns autores que influenciaram minha geração (anos de 
1970, 80 e 90) para a produção poética. Neruda, ao escrever 
Canto Geral, toma um fio condutor de poesia engajada, a 
qual narra sua trajetória de desbravador de sua América e de 
seu Chile. Em outra obra (20 poemas de amor y uma canción 
desesperada), o autor (des)toa um lirismo que atua em nome 
do amor à terra, à natureza, à sua Matilda, conduzindo seu 
cantar lírico por reflexões de cunho subjetivista. 
     O grande poeta brasileiro Schmidt, em seus Poemas 
de Amor, atua também de forma lírica, para além de 
um subjetivismo enfadonho, como podemos perceber 12
em seus versos “O amor é a tarde fresca quando nem as 
árvores bolem... porque o vento acabou e a luz não arde.” 
Então leitor, verificamos que tratar de amar e amor, 
necessariamente, não passa pela pieguice ou pela breguice, 
embora tais estilos tenham vasto amparo popular.
     Finalmente, o famoso crítico literário norte-americano 
que se aventurou (e desventurou no campo da poética): 
Pound, que busca reinventar a poesia por via de uma 
métrica equalizada, um esmero nas palavras de dar inveja 
ao melhor ourives. A olho nu, não se notam imperfeições em 
suas produções, elas são desenhadas para iluminar os olhos 
do leitor, entretanto elas encontram dificuldades em atingir 
o seu espírito.
    Tratei de três autores, de cuja vasta produção 
escolhi quatro obras para mostrar a você que existe um 
fio condutor articulado, disciplinado, marcado por uma 
horizontalidade consensuada, ora com uma metodologia 
ideogrâmica, tipo cartesiana (Pound), ora dialética (Neruda), 
ora descompromissada (Schmidt). São escolhas, caro leitor, 
e este autor que ora escreve, fez uma escolha que explicito a 
seguir.
     Os textos poéticos que você lerá não têm uma 
organização disciplinada. Não seguem a um fio condutor, 
não é que abrace uma desorganização, fez-se somente 
uma opção localizada em seu tempo de escrita, portanto 
ele é regido aleatoriamente, que obedece a uma estrutura 
informal, espontânea, compondo um movimento 
caótico, que não chega, entretanto, a ser o caos, ou a ser 
desagregador.
     As escritas não obedecem a um ritmo certo. Você 
encontrará poemas AABBC (melodioso), ou poemas RRRRR 
(ruidoso). Rimas ricas, rimas pobres, versos brancos. Você 
irá encontrar um poema com um ritmo lapidado, você 
encontrará de forma exagerada um poema sem ritmo, 
resíduos que pretendem quebrar a sua organização de 
leitura. 
     De repente, um poema engajado na luta pela 
liberdade, na ansiedade pelo alimento (comida, música, 
teatro, arte), depois, um poema lírico, que busca dominar o 
subjetivismo do poeta, mais adiante, poemas com histórias 
de vida... Diferentemente dos autores anteriores em suas 
escolhas por uma organização sem limalhas, busquei um 
modelo composto por areia, pó de giz; deletei o equalizador, 
reduzi a luminosidade; a grama macia foi substituída por 
palhas de aço.
    A nossa intenção, caro leitor, é a de pegar você 
de supetão. Não sei se conseguirei o intento, mas, sem 
narcisismo, reconheçamos que toda anarquia exige 
uma organização naquilo que, se não bem visto, parece 
desorganização."
Bosco de Lima 
Uberlândia, julho de 2013.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013


Boa noite, 

hoje posto uma poesia de tema universal e ao mesmo tempo tão particular.

Pássaro livre

Voa passarinho
Voa para o sertão

Voa e canta uma canção. Voa livre pelos campos
Vento a soprar nas penas 
Bate asas, sai de cena
Volta e bate as penas
Que a vida segue a cena

Porque ser livre vale a pena! 

Dalvina Venceslau Pereira

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Boa tarde, está quase tudo pronto!

Daqui a alguns dias colocarei a data do lançamento do livro.
Hoje vou deixar alguns sonhos de criança.




Sonhos de criança

Passaram-se algumas décadas, mas nunca me esqueço de meu tempo de infância. Até hoje, quando olho para uma criança que está brincando, recordo-me dos tempos de menino.

Eu não conhecia, nem entendia, mas já tinha muitos sonhos... tudo era perfeito, nada de errado tinha. Como toda criança que não sabe distinguir o certo do errado, assim eu também era...
Do gavião que passava voando, o peixinho que nadava nos açudes do nordeste, eu queria ser como eles. Das palhas do coqueiro fazia minhas asas, e do tronco da bananeira cortava meu barco para que pudesse atravessar os córregos e açudes, sem saber que isso poderia me custar a vida.
E o passarinho? Como voar? Eu voava!
Subia nas mais altas árvores, nos galhos mais altos. E de lá observava, via tudo do alto, como um passarinho.
Assustava o pai ou a mãe, seja lá quem fosse. Até apanhava. Mas quando todos se descuidavam, lá estava eu de novo, voando ou nadando... Eu continuava a sonhar. 

Damião Caitano dos Santos

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Poeta


Poeta é estar no vento
Flutuar no pensamento
Imaginar com emoção
Falar o que vem no coração
Expressar uma linda história
Escrever o que vem à memória                      
Sentir um encanto profundo
Sorrir pelo canto do mundo
Criar as mais variadas frases de amor
E caminhar onde encontrá-las for

 Rosiane Pereira de Moura – 8º ano

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

GATO

Estava passando na rua
Vi a árvore se mexendo
Achei que era um pássaro.
Cheguei perto
mas não consegui ver

A árvore balançava
Caíam folhas e galhos
Achei que era uma pessoa
Não consegui decifrar.

Cheguei do lado
Balancei a árvore
Mas mesmo assim, nada.
Não sabia se era um bicho
Ou se era algo encantado

Vi olhos brilhando no escuro
Achei que fosse uma coruja
De repente um miado
Era um pequeno gato danado.

Carlos Geovane Cardoso de Moura Junior – 8º ano.

Professora: Patrícia Gomes

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Poema Gravidez

Gravidez

Não importa agora quem fez
Apareceu a gravidez
A garota é culpada
O garoto não fez nada?

Há alguma coisa errada!
Ambos sabem as consequências
Sexo sem camisinha

Doença na certa
Gravidez é uma possibilidade
A informação está à solta
Pressão, doença e gravidez
Só tem quem quer

Use de prevenção senão
Está feita a confusão.

Janaina Severina - 7° ano

Professora: Patrícia Gomes

domingo, 1 de setembro de 2013

Fotos



Boa noite,
hoje vou publicar algumas fotos do início do Projeto de educação e poesia nas escolas .


EM Profª Stella Saraiva Peano
EM Profª Stella Saraiva Peano (Professor Carlos Euripedes)


EM Profª Stella Saraiva Peano



 EM Prof. Ladário Teixeira




 EM Prof. Ladário Teixeira



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Poesia EJA


EJA


É hora!

É já!

É agora !

Voltei a estudar.

O tempo passou
e nele estacionei
quando os estudos parei.

Mas o tempo corre
 Acelere!
As necessidades irão mais além,
e com isso tenho que ir também.

Na EJA hoje estou
buscando conhecer e aprender
o que para trás ficou.

O estudo, benefícios trará
aprendizagem para minha filhaensinar
e ela também melhorar

O conhecimento é um grande bem e só
estudando é que se tem.

 Janaina Severina da Silva - 7º ano.


Professora: Patrícia Claudia Gomes

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Poesia Consumismo

Boa noite,

essa poesia retrata a realidade de forma tão simples, por uma pessoa tão jovem e com tamanha sabedoria de mundo. Muitos são vítimas da mídia, embora nem sempre tenham consciência disso

Consumismo

A vida brasileira
Está sem eira
Muito menos beira

De suprimentos
a aviamentos
Donas de casa tem que economizar
Chefes de família não param de trabalhar.

Adolescentes consumindo
Economia explodindo
Em doze vezes sem juros
A felicidade está à venda

Ricos e pobres
Caros e baratos
O consumismo é manipulador


Brincando com a gente de gato e rato.   

Rayane Monteiro


Professor: Carlos Alberto Ramos Eurípedes

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Poesia A luta pela sobrevivência

A luta pela sobrevivência

"Cada dia aumenta a angústia
Do homem que muito já sofreu.
Na vida, não se gera um filho destinado à oportunidade.  
O homem , sofrido de corrupção,
Passa fome e sede.
E o governo, depois de eleito, dá as costas e lava as mãos.
O pobre homem imerso na angústia, não sabe o que fazer

Porém, não perde a esperança de viver num mundo melhor !"

Mauro

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Poesia Amor

Boa noite,
iniciaremos nossas poesias com AMOR.

"O amor dói, sim
Mas é bom de sentir.
Pode ser ruim de viver
Mas é bom para aprender novos sentimentos.

O amor sempre vibra
Em algum lugar,
esteja onde estiver.
O amor magoa, sim.
Mas magoa as pessoas que não sabem amar
Não sei por que
Existe o amor,
Nem sei por que
Sentimos.

O amor bom de sentir
É o amor de pai e de mãe.
Pode passar o tempo,
Mas nunca acaba
Esse amor de família

De tudo, sei que quero
Viver um grande amor, também."

Ariane
6º período


Professor: Carlos Alberto Ramos Eurípedes


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Projeto Educação e Poesia 2013
Poesia e crônica são formas artísticas de desvelar o mundo e as pessoas. Poeta, como “antena da raça” revela com base poética, em breves comunicações, a tristeza e a alegria da civilização, a vida política e a vida social dos sujeitos e a história do mundo.

O que se consegue expor com a literatura científica (História, Geografia, Sociologia, dentre outras), tratando da civilização, da história e da economia, o poeta e o cronista conseguem situar, de maneira clara, em textos sínteses, as relações sociais, políticas, econômicas, enfim, a vida em sociedade.

Daí a importância de se trabalhar de forma interdisciplinar e transversal a poesia e a crônica, pois são textos, em geral, que introduzem o aluno e o leitor no mundo da cultura e da política, atuando em duas frentes: consciência de si e do mundo em que vive e apego à leitura.
As duas escolas selecionadas estão localizadas na periferia uberlandense com certa carência de recursos culturais, o que justifica suas escolhas e a anuência do projeto pelos seus diretores e professores de Língua Portuguesa.

A metodologia consiste em trabalhar na disciplina de Língua Portuguesa com o conceito de literatura e a produção de poesias ou crônicas durante quatro meses. Será feita uma coletânea de textos dos alunos que serão publicados em forma de caderno, incentivando a criatividade e o ânimo dos alunos para produzirem textos. Os mesmos serão distribuídos ao público presente nas atividades de lançamento.

As escolas que estabelecemos parceria por intermédio da Secretaria Municipal de Educação são:  a EM Prof. Ladário Teixeira e EM Profª Stella Saraiva Peano.
Boa leitura,

Bosco de Lima

Uberlândia, julho de 2013. 



 Escola Municipal Professora Stella Saraiva Peano
                                           




  Escola Municipal Professor Ladário Teixeira